sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O tempo entre costuras - Opinião


SINOPSE: "«O Tempo entre Costuras» é a história de Sira Quiroga, uma jovem modista empurrada pelo destino para um arriscado compromisso; sem aviso, os pespontos e alinhavos do seu ofício convertem-se na fachada para missões obscuras que a enleiam num mundo de glamour e paixões, riqueza e miséria mas também de vitórias e derrotas, de conspirações históricas e políticas, de espias.
Um romance de ritmo imparável, costurado de encontros e desencontros, que nos transporta, em descrições fiéis, pelos cenários de uma Madrid pró-Alemanha, dos enclaves de Tânger e Tetuán e de uma Lisboa cosmopolita repleta de oportunistas e refugiados sem rumo."



A opinião da Margarida

A sinopse, logo despertou a minha curiosidade: 2ª Guerra Mundial, espionagem… Portugal pelo meio… todos os ingredientes certos para prender a minha atenção! Não conhecia a autora, mas como nos últimos tempos tenho descoberto alguns autores espanhóis que têm sido uma agradável surpresa, arrisquei. E não me enganei, este livro não foi excepção. Mais uma obra da literatura espanhola que me agradou, mais uma autora espanhola que vou seguramente continuar a seguir. Um livro muito, muito bom! Um daqueles livros que se “devora” quase sem dar conta! Um verdadeiro turn-page!

Contado na primeira pessoa, dá-nos a conhecer a história de Sira Quiroga, filha de uma modista de Madrid e que vê na costura o seu único futuro. É uma rapariga comum e adaptada à vida que tem, sem grandes sonhos, embora adore o mundo da alta sociedade que conhece apenas das senhoras chiques que frequentam o atelier onde a mãe trabalha e onde ela própria se inicia com aprendiz. Vive com a mãe e nunca conheceu o pai, de quem nada sabe. Tem um namorado, Ignacio com quem está de casamento marcado e aceita o seu futuro como esposa e costureira.
Mas, a vida tem um estranho sentido de humor e nas próprias palavras de Sira, uma simples máquina de escrever, alterou toda a sua vida e todo o seu futuro!
Quando, a conselho do seu futuro marido, resolve aprender dactilografia com o objectivo de entrar num concurso para um lugar na função pública, futuro melhor que a costura, ela não imagina que essa simples intenção irá virar a sua vida de pernas para o ar. É aí que conhece Ramiro, o homem que irá alterar toda a sua vida! Por sua causa rompe com Ignacio, sai de casa e vai para Marrocos, cidade então dominada pelos espanhóis e onde se prepara a ascensão de Franco, em Espanha e onde já se adivinha o futuro incerto e macabro da Europa que culmina com a 2ª Guerra Mundial.
Em Marrocos, apesar de um ambiente pré guerra, Sira tem uma boa vida, de festas, de excessos, com algum dinheiro que de surpresa recebe de herança. Mas depressa esta boa vida termina. De repente vê-se abandonada por Ramiro, sozinha, doente, sem dinheiro, numa cidade estranha e sem saber fazer nada excepto costurar. Sente-se perdida e rende-se a um futuro incerto e torna-se apática e sem vontade de viver.
Mas uma vez mais, a vida lhe reserva algumas surpresas. Conhece Candelária, uma personagem sui generis, Rosalinda Fox, uma inglesa que vive em Marrocos com o seu amante, personagem com grande peso na Espanha de Franco, e Marcus Logan, um jornalista inglês e toda a sua vida novamente se altera. E Sira, sem que o esperasse vê-se envolvida no mundo da espionagem.
Ao longo dos anos que dura a Guerra Civil em Espanha e a 2ª Guerra Mundial, Sira, que de mulher conformada se transforma numa mulher forte e lutadora, vai-nos contando as suas aventuras, ao mesmo tempo que nos dá a conhecer um pouco da História de um período conturbado na Europa e também do papel de Portugal, na 2ª Guerra Mundial. 

Com personagens fortes, marcantes e muito bem conseguidas conseguiu com facilidade e mestria fazê-las interagir com personagens reais, o que me leva a considerar este romance como um romance histórico, tanto do meu agrado!
Embora com algumas descrições um pouco extensas, a escrita da autora não o torna pesado nem maçador e “transporta-nos” com facilidade para o meio da acção.
Gostei bastante do final que deixa aberto à nossa imaginação o destino das personagens. 

Teria ainda muito mais para dizer, mas não conseguiria fazê-lo sem spoilers, por isso apenas mais uma coisa, um conselho: Leiam, vale a pena! É um livro muito, muito bom! Recomendo, sem reservas a quem goste de um bom romance!


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O longo inverno - Opinião

SINOPSE: "Em 1941, Lina, de quinze anos, prepara-se para ingressar na escola de artes e para tudo o que aquele verão lhe pode proporcionar. No entanto, uma noite, a polícia secreta soviética invade a sua casa, levando-a juntamente com a sua mãe e o irmão mais novo. São enviados para a Sibéria. O pai de Lina é separado da família e conduzido a um campo de concentração. Lina decide arriscar tudo e usa a sua arte como forma de enviar mensagens, na esperança de que estas cheguem ao campo prisional onde o seu pai se encontra e lhe transmitam que a sua família ainda está viva. É uma longa e comovente viagem. Apenas a força, o amor e a esperança fazem com que Lina e a família resistam a cada dia. Mas será isso suficiente para os manter vivos?"


A opinião da Filipa
 
"Levaram-me em camisa de noite.
Recordando agora como tudo se passou, percebo que os sinais estavam todos lá: as fotografias de família queimadas na chaminé, a minha mãe cosendo as nossas pratas e jóias mais valiosas ao forro do casaco até altas horas, todas as vezes em que o meu pai não voltou para casa logo após o trabalho.
Jonas, o meu irmão mais novo, fazia perguntas. Eu também, mas talvez me tenha recusado a ler os indícios.
Só mais tarde entendi que os meus pais planeavam a nossa fuga.
Não fugimos.
Fomos capturados."

É este o início do livro e foi este o início que me prendeu imediatamente.

Chegada à página 58 veio o meu primeiro assomo de lágrimas aos olhos.

Página 237... choro.

Página 243: "Do meu corpo putrefacto germinarão flores, e eu viverei nelas e a isso se chama eternidade" - Edvard Munch
Esta citação, está embebida em todo o sumo deste livro...

A história passa-se nos anos em que a união soviética invadiu os países bálticos. Na altura em que o NKVD (mais tarde conhecido como o KGB) "governava" com mão de ferro tudo o que se mexe-se e fosse considerado por eles anti-soviético, assim, eram feitas listas e pessoas consideradas cultas e inteligentes, eram seleccionadas, juntas, deportadas e faziam viagens para o outro mundo... em condições... SEM condições.

"O longo inverno" apresenta-nos um leque de personagens tão ricas e com corações que não cabem com certeza no peito. Actos de bondade contínuos para quem não tem o mínimo de respeito, para quem não pode com certeza ser considerado um ser humano. Mas... um acto de crueldade para connosco não nos dá o direito de sermos cruéis de volta... certo?

Lina, uma artista em todo o seu ser, com uma habilidade única para desenhar, passar as emoções e actos para papel fenomenal, tanto o era, que até era proibida pelo pai de o fazer em casa, pois, os desenhos podiam parar nas mãos erradas e alguém ficar a saber o que ela pensava sobre determinados assuntos. Lina, cuja assinatura nos desenhos era tão característica que o pai ceta vez lhe diz, qualquer coisa como: "Mas Lina, a tua assinatura não se percebe, assim ninguém vai perceber que és tu". Ao qual, Lina responde: "Tu saberás, pai. Tu saberás."

E, assim, é através dos seus desenhos que Lina afastada do pai, mas com a sua mãe e o irmão vai tentar comunicar com o pai, fazendo os seus desenhos passarem de mãos em mãos, quando alguém tinha oportunidade de ir aos correios numa aldeia onde ficaram; quando fizeram paragens entre viagens e podiam sair para esticar as pernas (à vez), ela passava os seus desenhos entre as mãos dos homens.
Os seus desenhos que apenas poderiam ser percebidos pelo seu pai, pois Lina não se arriscava a desenhar nada que os incriminasse, apenas o lugar onde estavam e assinava com aquele seu gatafunho... esperando arduamente que chegasse ao seu pai...

Lina e a sua família fazem amizades com as restantes pessoas deportadas. E em conjunto até conseguem celebrar o Kucios - que é o jantar tradicional da véspera de Natal na Lituânia.

Lina e Andrius. Andrius é das personagens mais fantásticas que podemos conhecer. Toda a sua coragem e confiança são estimulantes em toda a leitura.
As picardias entre os dois são um doce dado no momento e tirado mais tarde...

Jonas, o irmão de Lina, é uma ternura. Um miúdo de 11 anos que parece ter 30. Toda a responsabilidade que ele chama a si... põe as necessidades dos outros à frente das dele... tantas vezes...

O pai de Lina. São poucas as vezes em que este "aparece", mas está presente em todos os momentos e nos pensamentos da família e é aí, que reside toda a força e determinação de Lina, Jonas e Elena (mãe de Lina).

Elena... a minha personagem favorita.
Uma mulher com M maiúsculo.
Uma mulher que toda a gente gostaria de conhecer e ter por perto.
A mulher que tem o coração maior que a própria vida.
A mulher que luta todos os dias pelos e para os filhos, que mantém sempre a esperança e em que nada a demove de ter pensamentos positivos nas condições mais adversas. A mulher que ama o marido até ao fim do tempo. . . a mulher que tem sempre actos altruístas para quem não os tem. A mulher que nunca desiste e que não deixa os outros desistirem.
A mulher que ama os seus filhos e o seu marido mais do que tudo...
Elena sabia russo e foi durante muito tempo intermediária entre os deportados e os soldados.

Não posso referir que os soldados e comandantes são pessoas que têm sequer coração, mas, posso referir que nem todos são assim tão sem coração... nem todos fizeram o que fizeram porque quiseram... e a primeira pessoa a aperceber-se disso é Elena...

Há uma personagem no livro que se vem a descobrir no fim que NÃO é fictícia.

LADRÕES E PROSTITUTAS.
MAPAS E COBRAS.
GELO E CINZAS.

É um dos livros mais comoventes que li até hoje. Ainda mais pela sua autora, Ruta Sepetys, ter convivido com sobreviventes deste período negro e ser filha de refugiados lituanos. Saber do que está a falar apesar de ser um romance ficcionado.

Ler este livro, fez-me pensar, tendo em conta o estado do mundo actual, tendo em conta o estado do meu país neste momento, se um dia, também não iremos ser forçados a viver tal "sonho" atormentado...


"No meio do inverno, descobri que em mim existia um verão invencível" - Albert Camus 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A lista dos meus desejos - Opinião

SINOPSE: "Uma história tocante sobre a felicidade das coisas simples da vida.
O meu nome é Jocelyne. Quando era jovem, sonhava trabalhar no mundo da moda em Paris e conhecer um Príncipe Encantado. Mas a vida foi passando e, afinal, tenho uma retrosaria, o meu marido pouco ou nada me liga e os meus filhos já deixaram o ninho. Mas a sorte mudou e, agora, posso ter tudo o que sempre desejei. No fim de contas, agora posso ter tudo o que sempre desejei. Mas começo a duvidar se o dinheiro me trará realmente a felicidade e se não terei mais a perder do que a ganhar...
Uma história luminosa, comovente e divertida sobre o amor e o acaso, que já inspirou mais de meio milhão de leitores em todo o mundo a procurar a verdadeira felicidade."


A opinião da Vera  

A Lista dos meus desejos é um livro pequeno mas cheio de emoções. Uma estória que à partida tem pouco para nos fazer pensar mas que de facto o faz. Quantos de nós não imaginaram já como seria ganhar um grande prémio e aquilo que poderiam fazer com ele? Se calhar nunca imaginaram que ficariam tão angustiados que manteriam esse acontecimento em segredo, até resolver qual seria o melhor caminho a seguir. Foi isso que aconteceu a Jocelyne. A narrativa vai-nos dando a conhecer a protagonista e o seu percurso desde criança, os planos e sonhos que tinha para o futuro e a sua realidade actual: o casamento, os filhos, a loja, o blog, os amigos...até ao dia em que ganha o euromilhões e não sabe bem o que fazer. Começa por criar uma Lista de Desejos que lhe parece estranha perante a magnitude do prémio, mas são pequenas as coisas que realmente deseja. A retrosaria e o seu blog enchem-na cada vez mais de satisfação e nem sempre aquilo que pensamos desejar é realmente aquilo que nos irá satisfazer. 
Jocelyne consegue perceber que tem muita coisa que o dinheiro não pode comprar (embora haja outras em que ajuda muito), e vai adiando levantar o cheque com o prémio, até que ela percebe que o cheque desapareceu. Esta foi uma reviravolta com que eu não contava, estava ansiosa para ela contar aos filhos, amigos e marido e ver o que acontecia a seguir. Mas a realidade foi muito diferente.
Não vou explorar muito mais o que aconteceu, pois iria revelar demasiado para quem vai ler o livro. 

Tive sentimentos ambíguos por Jocelyne. Por vezes achava que era uma desistente, que não foi capaz de lutar pelos seus sonhos e que se conformou com o que a vida lhe deu, sem dar luta. Outras vezes pareceu-me que ela era na realidade feliz com a sua vida e uma mulher realizada com o que conseguiu alcançar. Daí não ser assim tão estranho ela não saber bem o que fazer quando ganha o prémio, condiz com a natureza da personagem. Teria gostado de algum impulso, algum “agir sem pensar” por parte desta mulher que pensa demais e depois...depois acaba por ir adiando, adiando...por ter tanto medo de arriscar. Até que é surpreendida da pior forma e a sua vida muda drasticamente, não por decisões que tenha tomado, e mais uma vez ela não acaba por se deixar ir, até lhe ser dada outra oportunidade e ela a aproveitar um pouco melhor e perceber que vale a pena arriscar um pouco na vida! 

A escrita é fluída e o livro lê-se rapidamente, terminando com um epílogo que eu desejava que tivesse sido explorado mais um pouco em meia dúzia de capítulos. Fez-me lembrar um pouco as novelas que andam meses e meses a protelar situações e no último episódio acontece tudo. Gostava que todos os acontecimentos relatados no final tivessem sido mais bem explorados, para que o choque do dramático fosse lentamente digerido.



A minha opinião

Uma capa muito bonita envolve a história de uma mulher que no seu dia-a-dia “corriqueiro” é feliz e sonha. Um dia ganha milhões e tudo muda. Para melhor? Para pior? Talvez não, mas, de certeza, muda para algo totalmente diferente!

Numa escrita simples, quase poética, “A lista dos meus desejos” convida-nos a refletir sobre os nossos valores e as nossas escolhas. Todos temos sonhos e desejos que por vezes dependem simplesmente da nossa forma de estar e encarar a vida, não de dinheiro para os concretizar, e este livro prova isso mesmo. Não é fácil compreender alguém que com tanto dinheiro na mão nada faz. Esta leitura tenta provar-nos que é na simplicidade que, na maioria das vezes, reside a felicidade. 

A leitura é deveras cativante, a escrita é como música, uma harmonia para os nossos ouvidos e, tem um senão, quando estamos embalados nessa melodia ela acaba abruptamente. Deixa-nos um sabor a pouco, um querer mais e mais…


Eu já vi! 149

Como estamos numa de trios, cá vai mais um.
Espero que apreciem!


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Quinta-feira no parque - Opinião



SINOPSE: "Jeanie foi uma esposa terna durante mais de 30 anos, uma mãe dedicada e, mais recentemente, uma avó alegre. Mas Jeanie tem um segredo: o marido, George, há muito que não dorme na sua cama. Estará apaixonado por outra mulher? O que terá ela feito de errado? Por mais perguntas que coloque, Jeanie permanece sem respostas.
Neste turbilhão emocional, Jeanie anseia pelas quintas-feiras, o dia mais luminoso da semana. Às quintas, ela leva a sua neta a brincar no parque. E é aí que encontra Ray, também ele a tomar conta do neto. Ray revela-se um homem amável, bonito e bom conversador - exatamente o contrário de George. De repente, Jeanie sente-se de novo atraente e viva, e apaixona-se por Ray. Mas terá ela a coragem para, contra tudo e contra todos, virar a sua vida do avesso e dar uma nova oportunidade ao amor?"


A opinião da Vera

Este foi o último livro que li em 2013 e pode dizer-se que foi um desfecho feliz. Gostei imenso e surpreendeu-me, pois dentro dum tema que poderia não suscitar grande entusiasmo, a verdade é que me arrebatou. 

Gostei imenso da Jeanie, da forma como luta contra as amarras sociais e o estigma da “terceira idade”, não só por parte da sociedade como da própria família.

Jeanie tem sessenta anos, é casada, tem uma filha e uma neta. É dona de uma loja de comida saudável que a realiza e estimula. Sente que ainda tem muito que fazer, muitos objetivos e muita coisa para viver. Já o marido reformado, quer vender a casa de Londres e ir com a mulher para a tranquilidade do campo. Ele sempre exerceu controlo e domínio sobre Jeanie mas desta vez ela não está a conseguir aceitar esta reviravolta na sua vida.

Aprecia sobremaneira as tarde que passa no parque com a sua neta e é aí que conhece Ray e o seu neto Dylan. Esta amizade vai trazer-lhe sentimentos que havia esquecido e uma liberdade que a família lhe recusa. Jeanie vai sofrer com as lealdades a que está sujeita e não sendo capaz de ir contra a sua família, também não quer renunciar à sua felicidade.

Para a filha de Jeanie, os pais têm o casamento ideal e a ideia de passarem os últimos anos felizes no campo, parece-lhe a mais acertada. Mas saberá ela o que se passa no casamento dos pais? Saberá se a mãe é feliz ou que traumas o pai esconde para ter deixado a cama do casal á dez anos, cortando com qualquer contacto sexual com a mulher?

Jeanie começa a ansiar as quintas-feiras, tanto para estar com a neta, como para ver Ray e à medida que esta relação cresce e Jeanie percebe que se está a apaixonar, sentindo emoções à muito esquecidas, uma série de questões vão surgindo, dramas familiares e sentimentos ambíguos que a nossa protagonista não sabe se será capaz de enfrentar.

Tal como fez toda a vida ela não é capaz de bater o pé e dizer ao marido que não quer mudar de vida e acaba por se mudar para o campo, terminando a relação que foi construindo com Ray e negando a ambos o crescimento de algo maior. Mas depois de experimentar determinadas sensações e sentir a maravilha de ser amada e partilhar momentos que jamais sonhou viver, Jeanie vai lutar contra o preconceito e vai tentar ser feliz.

Adorei a escrita envolvente, a garra da protagonista e todo o drama de sentimentos que os envolvidos tiveram de viver para chegar a bom porto. 


Um livro delicioso que nos faz pensar naquelas tardes no parque, onde o inesperado pode sempre acontecer.


domingo, 26 de janeiro de 2014

Vida noutro Blog 92

Desta vez um blog pessoal mais generalista. Não só a leitura e os livros imperam por aqui, mas toda uma vida entre vidas!
As várias facetas da vida de uma pessoa, neste caso as várias
A Marisa costureira, cozinheira, gestora, leitora, mãe, professora e ela própria.
Passem para conhecerem a Marisa, é tempo que vale a pena!




sábado, 25 de janeiro de 2014

Tateio a escuridão...nada vejo



 
















No meu olhar há uma casa sem janelas para lugar nenhum
Sombras pairando no tempo...desenhando os meus passos
Na penumbra da minha pele...são espectros de sombra e luz
Pairando sobre o meu corpo...amordaçando os meus braços

No lugar mais profundo da solidão...no mais ermo da vida
Na viela mais escura da noite...no deambular mais errante
Flutua a minha alma nos umbrais da escuridão... perdida
Entre o tempo e o espaço...no lamento dum eterno instante

Na bruma habitam os sonhos...no espaço breve do tempo
Num lugar recondito da noite...no regaço frio da ausência
Nesse abrigo perpétuo...crepuscular sonho dum momento
Em que me perco e me encontro longe da minha presença

Num lugar frio e distante...cai sobre mim a noite dolente
Adormecendo no meu corpo...sonhando nos meus braços
Pisando os meus anseios...anoitecendo a vida lentamente
Ecoando silêncios mudos...murmurando os meus cansaços

Nas minhas mãos prendo restos de nada...pedaços de mim
Farrapos de sonhos...fiapos de sal e mágoa no meu corpo
Pingos de chuva no meu olhar...pedaços de luar que perdi
Na lonjura onde caminho...esquecendo-me pouco a pouco

Tateio a escuridão...nada vejo...nem a minha alma encontro
Nem uma estrela fugaz que alumie um instante este caminho
Neste labirinto longo e profundo...na ausência do meu corpo
Onde vou tecendo tristemente a vida com os laços do destino
                                                    


                                                                                             Rosa Maria

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A estalagem de Rose Harbor - Opinião



SINOPSE: "Depois da morte do marido no Afeganistão, Jo Marie Rose procura refúgio em Cedar Cove, uma pequena cidade acolhedora à beira-mar. Decide comprar uma estalagem com uma vista encantadora e repousante e aí iniciar uma nova vida, repleta de paz. Mas esta nova vida reserva-lhe mais surpresas e agitação do que esperava, com a chegada dos seus primeiros hóspedes, Joshua Weaver e Abby Kincaid. Ambos oriundos de Cedar Cove, mas afastados há muitos anos por diferentes motivos, vão encontrar na Estalagem de Rose Harbor um porto seguro, onde conseguirão enfrentar o passado, sarar as feridas e reconciliar-se com os próprios medos, revoltas e desilusões."



A opinião da Margarida

Não é de forma alguma o meu género de literatura preferido nem conhecia a autora. O que realmente me atraiu para este livro, e ao contrário do que normalmente acontece comigo, foi a capa! Achei-a bastante bonita e pensei: “Porque não?”. E apesar de, repito, não ser o meu género de literatura foi uma agradável surpresa. Talvez porque na altura não me apetecia ler nada demasiado profundo ou que me fizesse pensar muito… apetecia-me apenas algo que me distraísse…

Não é uma escrita especialmente rica, mas é leve e fluída, fácil de ler e tem os ingredientes necessários para um romance light. Fala-nos de amor, perda e acima de tudo da capacidade de seguir em frente quando a vida nos troca as voltas 
Os personagens principais são interessantes e bem construídos, cada um lidando com a perda, a tristeza, a culpa e o perdão, a morte ao seu ritmo e à sua maneira. Os restantes interagindo na medida certa.
A personagem principal, Jo Marie após a morte prematura do marido resolve começar uma nova vida e compra uma pequena estalagem numa cidade no sul de Seattle a que dá o nome de Rose Harbor. Abre com apenas dois hóspedes: Josh e Abby.
Josh volta à cidade muitos anos depois de ter ido embora, porque o padrasto está a morrer e Abby volta, também ao fim de muitos anos, para o casamento do irmão. Ambos têm os seus próprios problemas e tentam lidar com os fantasmas do passado. Aos poucos vamos conhecendo as suas histórias e acompanhando a sua evolução. É como disse um romance que nos fala de amor, perda, tristeza, dor… mas acima de tudo da capacidade de cura, de ultrapassar e seguir em frente, de fazer as pazes com o passado e encontrar o caminho.

Gostei e fiquei com vontade de ler o próximo livro, sobre a estalagem Rose Harbor e dos seus novos hóspedes.


A opinião da Filipa

Carinhoso é como posso definir este livro. Todo ele é ternurento, todo ele cura ao longo das suas poucas páginas os corações, tanto das personagens fictícias como das pessoas reais que nele pegam.

Um acontecimento terrível que muda a vida de Jo Marie Rose para sempre e, quem diria que, ao mudá-la, Jo, curando-se a si própria ainda vai curar outras duas pessoas. . .

Um romance que é claramente para o público feminino, consegue fazer o que se espera. Colocar as leitoras a suspirar.

Adorei a forma como as histórias de ambos os personagens, quer marculino, quer feminino se desenrolam e desabrocham. Houve alturas em que fiquei a pensar que não iriam ter um desfecho que gostasse mas depois. . .

Este é um livro de 4,5* estrelinhas na verdade. É quase um favorito, não leva as minhas 5* porque, para mim, e é mesmo, opinião pessoal, PARA MIM, o fim devia ser de outra maneira. . . Estava à espera de outra coisa tendo em conta todo o desenrolar da história e das pessoas que nela entram.

É outro livro em que adoro tanto as personagens principais como as secundárias.
Há um momento super emotivo para mim, quando a personagem feminina se quer reconciliar com o seu passado. . .

Um livro que recomendo dentro do género, para quem gosta.
Ultimamente tem-me apetecido ler este tipo de livros e sem dúvida que este foi uma excelente aposta.

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