Pudesse eu...encontrar-me perdida
Pudesse eu encontrar-me na escuridão da noite perdida
Onde emudecem todos os sonhos...nesse céu tão distante
Onde voo sem ter asas...longe de mim...da vida esquecida
Na distância dos teus lábios que pudesse ter num instante
Pudesse meu triste olhar desfazer o nevoeiro que o cegou
Os meus passos encontrarem o caminho dos teus passos
Nas minhas mãos prender o momento que o tempo calou
Pudesse eu envolver o meu cansado corpo nos teus braços
Pudesse eu ser chegada e não este sol poente a entardecer
Inventar-me e inventar-te na solidão que me cobre o corpo
Na mudez dos gestos...pudesse eu meu amor em ti anoitecer
Pudesse eu morrer para renascer das cinzas que foram fogo
Pudesse eu deitar-me sobre o silêncio e os sonhos adormecer
Prender nas mãos o poente...ser da noite um eterno momento
Tatuar na minha pele o amor...pudesse eu a solidão esquecer
Nas noites em que te sonhei...nos sorrisos que perdi no tempo
Pudesse eu fazer brilhar estrelas na noite e sorrisos no meu rosto
Na ausência do teu corpo...pudesse meu amor fazer-me alvorada
Percorrer os caminhos sem sombras...despir do olhar o sol posto
Pudesse fazer brilhar a lua nos meus olhos e inventar a madrugada
Pudessem as minhas frágeis asas romper espaços...no céu voar
Fazer amor como se fosse a primeira vez...nos lençóis da ilusão
Murmurar o teu nome docemente...voltar novamente a sonhar
Na sombra da lua caminhar...prender na minha mão a tua mão
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